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Imposto consome 150 dias do trabalhador brasileiro

30/05/2012 O contribuinte brasileiro vai começar a trabalhar para ele mesmo a partir de hoje. Até ontem (terça-feira dia 29), tudo que ele ganhou foi para pagar impostos, taxas e contribuições para os governos federal, estadual e municipal. Segundo estudo do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), para arcar com toda a carga tributária, é necessário trabalhar em média cinco meses no ano. Em 2012, foi necessário trabalhar quatro meses e 29 dias, um dia a mais do que no ano passado. É o dobro do que se trabalhava na década de 70, quando os rendimentos equivalentes há 76 dias eram suficientes para cobrir os gastos com impostos. Agora são necessários 150 dias de trabalho. Até ontem, os brasileiros pagaram R$ 2,81 milhões em impostos por minuto. De 1º de janeiro até 29 de maio, foram cerca de R$ 607 bilhões. O volume de dias trabalhados pelo brasileiro só para pagar impostos é superior ao de países como México (95 dias), Chile (97 dias), Argentina (101 dias), Estados Unidos (102 dias) e Espanha (137 dias). Só perde para Suécia, onde são necessários trabalhar 185 para pagar impostos. A tributação incidente sobre os rendimentos é formada principalmente pelo Imposto de Renda Pessoa Física, pela contribuição previdenciária (INSS, previdências oficiais) e pelas contribuições sindicais. Além disso, o cidadão paga a tributação sobre o consumo - já inclusa no preço dos produtos e serviços (Pis/Cofins, ICMS, IPI, ISS, etc). Tem também a tributação sobre o patrimônio (IPTU, IPVA, ITCMD, ITBI, ITR). O brasileiro ainda arca com outras tributações como taxas (limpeza pública, coleta de lixo, emissão de documentos) e contribuições (iluminação pública). A cada ano, o percentual do salário que vai para pagar tributos é maior. Em 2003, o brasileiro teve que destinar 36,98%. Em 2004 comprometeu 37,81%, em 2005 destinou 38,35%, em 2006 destinou 39,72%, em 2007 subiu para 40,01%. Já no ano passado, o contribuinte comprometeu 40,82% do seu rendimento bruto e, neste ano, destinará 40,98%. Fonte: O Tempo - Online

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