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IOF

27/01/2015

Aumento do IOF nas operações de crédito já está valendo

O Diário Oficial da União publicou o decreto que aumenta a alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) nas operações de crédito para as pessoas físicas. A medida entrou em vigor na última quinta-feira, dia 22.

 

O decreto eleva de 1,5% para 3% o IOF. O aumento faz parte do conjunto de quatro medidas anunciadas na última segunda-feira pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, em estratégia do governo para elevar a arrecadação e melhorar o superávit primário (economia para o pagamento de juros da dívida pública).

 

 A Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac) simulou dois cenários de como a elevação do imposto refletirá no bolso do consumidor. O primeiro, antes da elevação do IOF, o financiamento de automóvel em 12 meses - no valor de R$ 25 mil e com taxa de juros de 1,84% ao mês (média) - o consumidor pagaria parcelas mensais de R$ 2.384,83, totalizando um valor de R$ 28.617,96. Com a elevação para 3%, o consumidor passará a pagar parcelas de R$ 2.419,94, totalizando um valor de R$ 29.039,28. Ou seja, uma diferença de R$ 35,11 na prestação e de R$ 421,32 no total do financiamento.

 

 Em outra simulação, a Anefac mostra a elevação do IOF para casos de empréstimo pessoal em financeira em também 12 meses. No primeiro cenário, empréstimo de R$ 2 mil ficaria com taxa de juros de 7,34% ao mês (média), parcelas mensais de R$ 261,20 e pagamento final equivalente a R$ 3.134,52. Com a elevação do IOF, o consumidor passará a pagar pelo mesmo empréstimo parcelas de R$ 265,05 com valor total de pagamento (do empréstimo) equivalente a R$ 3.180,60. Isso representa R$ 46,08 a menos no bolso do trabalhador já que a prestação subirá mensalmente R$ 3,84.

 

 A mesma simulação foi feita para o crédito rotativo do cartão de crédito. Para as pessoas que gostam de parcelar o pagamento da fatura, uma compra de R$ 3 mil, com taxa de juros de 11,22% ao mês (média) antes custava de R$ 351,69 (juros mais IOF). Agora, o consumidor passará a pagar um valor de R$ 355,38 (juros mais IOF).

 

 Receita extra

 

De acordo com o ministro, o objetivo é obter este ano R$ 20,6 bilhões em receitas extras. A maior arrecadação virá da elevação do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) sobre os combustíveis e do retorno da Contribuição para Intervenção no Domínio Econômico (Cide).

 

 Outra medida é o aumento do PIS e da Cofins sobre os produtos importados. A alíquota subirá de 9,25% para 11,75%. O governo decidiu aumentar também o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para o atacadista e equipará-lo ao industrial.

 

 C/ Agências

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