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Ministério Público de Araxá promove manifestação contra a PEC 37

09/04/2013 O Ministério Público de Araxá aderiu ao movimento que vem sendo feito à nível nacional e promoveu uma manifestação contra a PEC 37 que já vem sendo chamada de PEC da impunidade. A Proposta de Emenda Constitucional tira do Ministério Público o poder de investigações de caráter criminal. Um ato público foi realizado no auditório da ACIA, com a presença dos Promotores de Justiça de Araxá, Mara Lucia Silva Dourado, Márcio de Oliveira Pereira, Fábio Soares Valera e Genebaldo Vitória Borges, além de representantes de diversos segmentos da sociedade organizada do município, na manhã desta terça-feira, 9. A Proposta de Emenda à Constituição - PEC 37 apresentada pelo deputado Lourival Mendes - PTdoB/MA tramita no Congresso Nacional com o proposito de definir a competência para a investigação criminal exclusiva das polícias Federal e Civil. O encontro realizado em Araxá teve por objetivo esclarecer o prejuízo que pode causar a aprovação da referida PEC à sociedade brasileira. A promotora Mara Dourado, afirma que o Ato Público em Araxá faz parte de uma campanha nacional que os Ministérios Públicos dos Estados e da União estão organizando em todo o país com o intuito de conclamar a população para dizer não a PEC 37. “Esta Proposta de Emenda à Constituição conhecida como PEC da Impunidade vem na contramão de todo o trabalho que o Brasil esta fazendo de enfrentamento a criminalidade, sobretudo de combate a corrupção. Caso aprovada esta PEC será uma verdadeira tragédia para a sociedade brasileira, pois vai enfraquecer todo o sistema de investigação de crimes que infelizmente hoje só aumentam no nosso país”, analisa a promotora. O promotor criminal, Genebaldo Borges, revela que a aprovação da PEC 37 implicaria em um aumento sem precedentes da impunidade no Brasil. “Realmente trata-se de uma proposta que vai contra a democracia brasileira. Uma PEC desta jamais representa a vontade popular porque o povo não quer impunidade e sim a diminuição da criminalidade e mais segurança. O nosso medo é que só na Câmara dos Deputados deve ter cerca de 190 deputados sendo investigados pelo Ministério Público e ai chegamos a pensar que esta PEC pode ser aprovação não em razão da vontade popular mas sim num desvio de função legislativa e da vontade de alguns parlamentares com interesses escusos de não serem investigados”, afirma Genebaldo.

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